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Fevereiro Roxo: fibromialgia e os impactos na saúde mental

Canal Mudes

Fevereiro é marcado por inúmeras ações que evidenciam a importância sobre os cuidados com a fibromialgia. A doença, de caráter crônico, é caracterizada pela presença de dor musculoesquelética em todo o corpo, por períodos extensos. Além disso, há outros sintomas significativos (físicos e psicológicos), que dificultam o estabelecimento de um diagnóstico precoce.  

 

Estima-se que a síndrome afeta de 2% a 3% da população do país, conforme dados da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR). Embora a fibromialgia tenha maior prevalência em mulheres (7,5 mulheres para cada homem) – sobretudo, na faixa etária dos 30 aos 50 anos –, homens, idosos, jovens e crianças também podem ser acometidos pela doença.  

 

Apesar de ser uma patologia de origem desconhecida, a literatura científica aponta que, possivelmente, ela advenha de alterações hormonais, substâncias químicas cerebrais, assim como mudanças na maneira como o Sistema Nervoso Central processa informações relativas à dor. Acredita-se que a fibromialgia também esteja associada a fatores hereditários, infecções e outras doenças, traumas físicos e psicológicos, estresse crônico com certa regularidade. 

 

A Sociedade Brasileira de Reumatologia enumera os principais sintomas: 

 

  • Dor musculoesquelética crônica generalizada, ou seja, a sensação dolorosa é sentida por todo o corpo, mas pode ser pior no pescoço e nas costas; 
  • Fadiga; 
  • Insônia; 
  • Dor de cabeça; 
  • Distúrbios cognitivos (esquecimento, falta de memória e dificuldade de concentração);
  • Formigamento;
  • Instabilidade da pressão arterial;
  • Tontura;
  • Palpitações.  

 

Fibromialgia e saúde mental 

 

Segundo o artigo científico Aspectos psicológicos da fibromialgia – revisão integrativa, a saúde mental das pessoas diagnosticadas com a doença demanda atenção, visto que o desgaste emocional pode ocasionar o surgimento de transtornos psicológicos, contribuir com o agravamento dos sintomas e alterar a percepção em relação à dor. 

 

O estudo também apresenta dados que evidenciam uma relação de maior estresse em indivíduos diagnosticados com fibromialgia há menos de três anos. Indica, ainda, que mulheres que trabalham fora de casa ou que estão em busca de recolocação profissional sofrem mais com tais efeitos. 

 

De acordo com reportagem publicada no site Viva Bem (UOL) “Fibromialgia causa dor no corpo todo, é crônica e demanda paciente ativo”, a maior incidência entre as mulheres seria o fato de que elas percebem a dor, lidam com o estresse e respondem aos estímulos ambientais de forma diferente da dos homens. Por isso, neste grupo, é comum observar também outras condições: altos níveis de ansiedade e depressão, dificuldade nas estratégias de lidar com os problemas, alteração comportamental como resposta à dor, alterações no Sistema Nervoso Central e efeitos hormonais do ciclo menstrual. 

 

O estresse, quando em níveis elevados, tende a agravar os sintomas e desenvolver quadros depressivos e ansiosos. Assim, ao realizar o tratamento de tais questões, é necessário ter um olhar atento às necessidades e ao contexto de cada paciente. 

 

É fundamental procurar um médico reumatologista quando for identificada qualquer dor sem causa aparente, mas que se repita com frequência, apesar dos mecanismos para aliviar a situação. 

 

Ainda que a fibromialgia não tenha cura, são necessárias medidas farmacológicas e não farmacológicas, como exercícios físicos, desde que realizadas com autorização médica, atendimento psicológico, acupuntura, medicamentos para modular a dor, entre outras atividades.

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